quinta-feira, 22 de março de 2007

Fecho os olhos e adormeço...

"Sabes meu pai às vezes doí não te ter tão perto, não sentir a tua presença, não te ter junto a mim. Mas quando voltas enches-me o peito de alegria, fazes-me companhia, e não me deixas esquecer como o mundo é bom. Vejo os teus olhos já cansados, duma vida tão esgotada mas a tua mão meio calejada ainda tem o mesmo dom do toque firme e meigo que não encontro em mais ninguém.
É nos dias que não te vejo, nas horas que ganho a contar os minutos para te ver que penso no mundo e no que ele me tem para oferecer: eis que tu chegas revolucionas tudo e mostras-me que mais importante é o que eu posso dar.
Suspiro. É na brisa do mar que te oiço voltar. No nascer do sol. No vento da primavera. Na água deste rio que houve os meus lamúrios e se torna salgado com as lágrimas que caem do meu rosto. E são tantas, às vezes.
Quero-te aqui para sempre. Só tu, e aquela musa que teve o poder de te encantar e depois de me conceber, me acolhem sem questionar, sem cobrar, sem eu pedir, mas com muito amor."

Já veio tarde mas é sentido: para todos os pais que não se limitam a ter o título mas que fazem por merecê-lo. O meu bem haja.

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