quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Pedro Santana Lopes no seu melhor...

Por uma vez na vida: SANTANA LOPES ESTE MUITO BEM.




Não se esqueça de votar na sondagem. Obrigado.

Gasparzinho

Aprender a decidir...algumas respostas inspiradas por uma orquestra sinfónica juvenil...a continuação da discussão.


Levado pelo mesmo espírito que me motivou na redacção do texto sobre a escola que publiquei no sábado passado, gostaria de citar uma dilecta amiga, professora, cuja visão da escola e do seu papel enquanto pedagoga fica bem patente, ao dizer:

«Cabe à escola: valorizar o saber-fazer, encarando a educação como um processo de construção da própria pessoa, das relações entre indivíduos, grupos e nações. Tal como nos refere a Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, levando os indivíduos a "aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em comum e aprender a ser”
(Delors, J., 1996 citado por Menezes, 1999, p. 11). "Só assim é possível transformar as escolas em comunidades críticas, reflexivas e questionadoras" (Trigo-Santos, 1996, p. 121)».

(Dulce Martins, 2007)


Referências Bibliográficas:

  • Menezes, I. (1999). Desenvolvimento Psicológico na Formação Pessoal e Social. Porto: Edições Asa.

  • Trigo-Santos, F. (1996). Atitudes e Crenças dos Professores do Ensino Secundário: satisfação, descontentamento e desgaste. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional

Gasparzinho

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE LISBOA



Hoje estou feliz!

Estou feliz porque, diplomado pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, abracei com alegria a fusão da minha escola com as outras três Escolas Superiores de Enfermagem Públicas de Lisboa. Hoje inaugurou-se a

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE LISBOA

que é, posso dizê-lo, a minha nova escola. E dela faço parte, embora já enfermeiro, porque estive presente no seu passado e espero poder vir a fazer parte da sua actualidade e do seu futuro enquanto estudante, orientador de local de estágio e, mais tarde, quiçá outras andanças...
Quero então afirmar, com um grande sorriso nos lábios, que desejo tudo de bom para a minha nova escola e que faço votos para um futuro pleno de concretização científica, profissional e relacional para todos aqueles que a compõem.

UM ABRAÇO A TODOS OS ESTUDANTES, FUNCIONÁRIOS, PROFESSORES, COLEGAS ENFERMEIROS E RESTANTES PARCEIROS.

CONTEM COMIGO!


Gasparzinho

domingo, 23 de setembro de 2007

Comunicado ao leitor: Mudanças Outonais...

É chegado o Outono, talvez a minha estação do ano favorita. Com ele, toda a Natureza ganha novas cores. Por conseguinte, utilizando os meus "poderes" de administrador deste Blogue, venho, assim, apresentar-lhes o seu novo grafismo. Mas democrata que sou, deixo ao vosso critério, assim como ao dos meus colegas bloguers neste espaço, manifestarem a vossa opinião quanto a estas alterações.

Bem hajam!

Gasparzinho

sábado, 22 de setembro de 2007

Aprender a decidir...algumas respostas inspiradas por uma orquestra sinfónica juvenil.

Já que este blogue experiencia uma época particularmente musical, gostaria de partilhar com os distintos leitores e os meus queridos co-bloguers (ainda que, nos últimos tempos, este espaço ande mais às costas da minha querida Tia Donalda e das minhas, do que às de quaisquer outros) um momento que considero inspirador. Ora vejam:

Leonard Bernstein

WEST SIDE STORY
'Mambo'

La Sinfónica de la Juventud Venezolana Simón Bolívar (Venezuela)
Gustavo Dudamel
Auditório do Festival de Lucerna, 2007


Trata-se, na minha opinião, de uma das melhores orquestras mundiais e é composta por jovens que, num país que muitos apelidam de "terceiro-mundista", nos dão "cartadas" acerca do que é ser-se cultural e civicamente activo.
Sugiro que se implemente, no nosso país, uma política de verdadeira autonomia, isto é, que se abra o leque de opções para que as nossas crianças e os nossos jovens possam escolher e experimentar o máximo de vivências possível. Que possam, desde pequenos, "aprender a decidir" e "aprender a aventurar-se"...porque eu acredito que é na diversidade que nos conhecemos a nós mesmos e que construímos o nosso projecto de vida.
Aquilo que esta orquestra maravilhosa nos mostra é o mesmo que um clube de ciências, um clube de literatura, uma biblioteca gerida por estudantes, uma equipa de basquetebol escolar, um clube de pintura, uma ESCOLA ABERTA AO PÚBLICO (e não uma escola cuja porta só se abre quando o estudante, funcionário ou professor passam o seu cartão por um mecanismo semelhante ao de um cartão de crédito), um grupo de jovens que visita um lar de idosos, um centro de saúde que sai das suas portas e se mostra e convive com as pessoas de quem cuida, a disciplina "área de projecto" que se envolve num projecto de acção de beneficência, as aulas de português dadas na biblioteca municipal, as aulas de ciências da natureza no jardim zoológico, no jardim botânico, um horário escolar preenchido não apenas com as disciplinas que todos nós aprendemos desde há eternidades, mas com as actividades que o estudante escolheu e que GOSTA DE DESENVOLVER, nos fazem compreender...ou seja, que jovens com problemas de adaptação social, jovens com baixo sucesso escolar, com um projecto de vida demasiado dúbio e comprometido, devem, na maior parte das vezes (arrisco afirmá-lo), a um sistema de ensino e um sistema social obsoleto, que não lhes oferece os caminhos que lhes são particularmente adaptados e que, esses sim, lhes garantiriam um futuro feliz e harmonioso.
É preciso tornar a escola num espaço de criação, torná-la empreendedora, fazer com que abrace, verdadeiramente, a comunidade que serve e que a compõe. É preciso que a escola não se afaste da população com que se identifica. Não é seu papel ser uma "ilha" mas sim um ponto de convergência, de união, a partir do qual um povo se manifesta, se renova, cresce e se desenvolve, se alastra. Não é admissível que a escola negligencie o papel que ocupa na construção da identidade dos seus estudantes. Urge que a escola se envolva, se embrenhe, nos problemas na sua comunidade e que esta comunidade (composta por cidadãos que é) exija ocupar o seu lugar nesta caminhada. Cabe à escola instruir e compreender o papel que a instrução tem na educação de todos nós. Cabe-lhe ENSINAR A APRENDER e isso só pode ser feito desafiando a assunção da autonomia de cada um no seu projecto pessoal e comunitário (porque todos nós ocupamos um lugar no mundo).
De realçar que esta foi, talvez, a maior aprendizagem que realizei durante a faculdade e tenho pena tê-lo feito tão tarde...
É curioso, mas de facto, é na diversidade que, quiçá, a nossa sociedade encontrará o caminho para ultrapassar "as crises" de que tantas vezes se queixa.

E para descontrair e voltar a fazer pensar, aqui vai mais um presente musical:


Alberto Ginastera

MALAMBO

La Sinfónica de la Juventud Venezolana Simón Bolívar (Venezuela)
Gustavo Dudamel
Auditório do Festival de Lucerna, 2007

NOTA: Para ficar a conhecer um pouco melhor o PROJECTO SOCIAL que é esta orquestra, leia o texto neste link:

O "sistema" e a história da Orquestra Sinfónica Juvenil Simão Bolívar


Gasparzinho




domingo, 16 de setembro de 2007

Maria Callas...sons que ficaram para a história.

Giacomo Puccini

TOSCA
'Vissi d'arte'

Maria Callas (Tosca)
Tito Gobbi (Scarpia)
Royal Opera House, Covent Garden Orchestra
Carlo Felice Cillario (Maestro)
Royal Opera House, Covent Garden, 1964

Callas...30 anos.

Passados trinta anos da morte da "Divina", cumpre-me, seu fidelíssimo súbdito, recordar aquela que eu considero a maior voz de todos os tempos. Mais uma vez não se trata da melhor de todas as vozes. Tratava-se, mesmo, de um timbre feio, no fim dos seus dias, dissonante, quiçá estridente nos agudos, inconstante na qualidade ao longo do registo, de vibrato exagerado...mas, sempre, uma grande voz...a melhor à época, hoje e por muitos anos ainda.
Mas perante uma tal descrição, o que me leva a qualificá-la como "a melhor"? O que justifica o título de "Divina"? Socorro-me de um velhinho que todos conhecem, Giuseppe Verdi, que dizia preferir, para as suas ópera, vozes feias mas verdadeiras do que as mais belas mas dramaticamente inferiores. Verdi e Callas não foram contemporâneos, todavia não deixa de ser curioso tamanho paralelismo entre as palavras desse compositor maior e o soprano que Maria Callas foi (é). Porque não houve, até hoje, cantor que transferisse tanta verdade, tanta verosimilhança para o canto como o fez Maria. Torna-se tanto mais importante se atentarmos no facto da ópera ser, talvez, a mais improvável e inverosímil das manifestações dramático-teatrais: canta-se no lugar de falar.
Callas foi, então uma actriz maior, de uma simplicidade invulgares. E porque defendo para a arte o mesmo princípio das ciências que afirma ser mais válida, de entre duas opções que dão resposta à mesma questão, aquela que o fizer de um forma mais simples, reconheço o mérito desta figura, que não descurava um olhar, a posição das mãos, os passos em palco, os movimentos dos membros, da cabeça, a cenografia, os figurinos, a coordenação com os seus colegas, o número de ensaios necessários antes de cada apresentação...ou seja, defendia para si e para a arte, princípios estéticos dos quais não prescindia e que, mercê de interesses de vária ordem, a viriam a associar a títulos de diva (no mau sentido da palavra), intolerante, arrogante, entre outros adjectivos, quando, na minha opinião, ela se tratava de uma profissional sem paralelo.
Contudo, a verdade de que vos falava há pouco é tangível a um nível ainda mais profundo. Ela é observável (porque observação não se faz, somente, com os olhos) no meio que determina a inverosimilhança deste género artístico: a sua voz. As inflexões, as múltiplas tonalidades que conseguía traduzir no seu canto, as próprias deficiências e opções (à partida) erróneas quanto à técnica vocal com que interpretava, davam-lhe a capacidade camaleónica de interpretar papéis de raparigas de dezoito anos, de tuberculosas, de mães destroçadas, de ciganas incandescentes e de, numa mesma ópera emtrês actos, nos conseguir fazer sentir a evolução de uma personagem que no primeiro está feliz, no segundo contacta com a fatalidade do seu destino e no terceiro é colocada face à sua morte.
A sua capacidade faz-nos esquecer que falamos e não cantamos e que o amor também é cantado, assim como a ira, a angústia, a argúcia, a esperança, a saudade, o desespero, a perda, o desamparo, a maldade, a paixão, a coragem, a doçura, o desalento, o despeito, a perseverança...acreditem em mim quando digo que são raros os grandes cantores que possuam tamanho conjunto de matizes na sua voz...eu não conheço mais nenhum.

BRAVA CALLAS.


Gasparzinho

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Parabéns

Vincent van Gogh: AMENDOEIRA EM FLOR (1880)

Se te for possível fazê-o, pensa que em cada tonalidade, em cada cor, em cada matiz, em cada contraste se encontra um bocadinho do afecto que te guardo...

Um beijo enorme à minha Dininha.

Gasparzinho

domingo, 9 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti...sons que ficaram para a história.

Giacomo Puccini

LA BOHÈME
'Che gelida Manina'

Luciano Pavarotti (Rodolfo)
Ileana Cotrubas (Mimi)
Orchestra del Teatro alla Scala
Carlos Kleiber (Maestro)
Teatro alla Scala, 1979


TURANDOT
'Nessun dorma'*

Luciano Pavarotti (Calaf)
Royal Philharmonic Orchestra

Kurt Herbert Adler (Maestro)
Royal Albert Hall, 1982


*Versão em concerto.

Gasparzinho

Luciano Pavarotti...pequena discografia aconselhada.

Mal grado a morte do maestro não ser, por si só, a principal justificação para se querer conhecer a sua obra (tomando o exemplo do abjecto costume português de se fazerem homenagens póstumas [apenas!!!] - estes últimos posts são, contraditoriamente, disso exemplos), gostaria de dar o meu contributo para a divulgação de algumas gravações essenciais que aconselho todos os nossos amáveis leitores a defrutar...aventurar-se:

...aconselho-vos, mesmo a seguírem a ordem que aqui vos apresento...isto porque o ouvido também precisa de maturidade para entender e descobrir a subtil beleza do complexo e complicado mundo da música erudita (infeliz o nome dado ao género, mas é o que temos):

  • Giacomo PUCCINI: LA BOHÈME; Mirella FRENI; Luciano PAVAROTTI; Rolando PANERAI; Elizabeth HARWOOD; Gianni MAFFEO; Nicolai GHIAUROV; Schoneberger Sangerknaben; Berliner Philharmoniker; HERBERT VON KARAJAN
  • Pietro MASCAGNI: L'AMICO FRITZ; Mirella FRENI; Luciano PAVAROTTI; Vicente SARDINERO; Royal Opera House Chorus and Orchestra, Covent Garden; GIANANDREA GAVAZZENI
  • Gaetano DONIZETTI: L'ELISIR D'AMORE; Joan SUTHERLAND; Luciano PAVAROTTI; Dominic COSSA; Spiro MALAS; Maria CASULA; Ambrosian Opera Chorus; English Chamber Orchestra; RICHARD BONYNGE
  • Gaetano DONIZETTI: LA FILLE DU RÉGIMENT; Joan SUTHERLAND; Luciano PAVAROTTI; Spiro MALAS; Monica SINCLAIR; Royal Opera House Chorus and Orchestra, Covent Garden; RICHARD BONYNGE
  • Gaetano DONIZETTI: LUCIA DI LAMMERMOOR; Joan SUTHERLAND; Luciano PAVAROTTI; Sherrill MILNES; Nicolai GHIAUROV; Royal Opera House Chorus and Orchestra, Covent Garden; RICHARD BONYNGE
  • Giacomo PUCCINI: TURANDOT; Joan SUTHERLAND; Luciano PAVAROTTI; Montserrat CABALLÉ; Nicolai GHIAUROV; Peter PEARS; John Alldis Choir; London Philharmonic Orchestra; ZUBIN MEHTA
  • Giuseppe VERDI: RIGOLETTO; Joan SUTHERLAND; Luciano PAVAROTTI; Sherrill MILNES; Ambrosian Opera Chorus; London Symphony Orchestra; RICHARD BONYNGE

Aqui ficam algumas sugestões para começarmos a recordar aquilo que Pavarotti foi e será, do ponto de vista da lírica.

Periodicamente trarei mais sugestões.

Boas escutas!

Gasparzinho

sábado, 8 de setembro de 2007

Pavarotti II

Foi hoje a enterrar um homem grande...UM GRANDE HOMEM.
Quando ouvi o anúncio da sua morte logo me lembrei do nosso companheiro Gasparzinho. Ele adiantou-se e escreveu um texto bastante bom sobre este SENHOR da lírica.
Não o conhecia apenas dos "três tenores" e realmente far-me-á falta como diz o meu amigo do post anterior. E não será apenas pela sua voz, mas por algumas coisas que ele representou: por ter aproximado a música dita erudita de um elevadíssimo número de pessoas, porque apesar de cantor lírico soube adaptar a sua voz a outras vertentes da música, chegando assim a camadas mais jovens da população.
Resta-nos a consolação de que apesar da sua morte poderemos continuar a ouvi-lo até ao fim dos nossos dias graças às novas tecnologias.
Oiçam-no e deleitem-se mesmo que alguns afirmem que cantava trechos que não estavam adaptados à sua voz...de qualquer forma os meus ouvidos não o ouvem assim.
Obrigado Pavarotti.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti (1935-2007)

Parece-me a mim que, se Deus existir, o céu deve, neste momento, estar em silêncio para se fazer ouvir uma voz que a Terra perdeu ontem de madrugada. Não se trata de uma qualquer voz, nem, tão pouco, da melhor de todas as vozes. Não se trata de um herói, de um santo ou de um demónio. Não se trata de um virtuoso, ainda que nos brindasse, sempre que podia, com a sua virtude. Trata-se de alguém que viveu durante setenta e um anos junto de nós e que, tal como eu e o distinto leitor, tinha gostos, afectos, virtudes, defeitos, ambições, talentos, espírito criativo, perseverança...alguém que viveu a sua vida (e que vida!) e que procurou desfrutá-la o melhor que pôde, com todos os excessos a que teve direito, mas que soube sempre partilhar com quem precisava e, acredito, continuará a partilhar, mesmo depois de nos ter deixado "sós como cães" (fazendo aqui uso daquilo que disse quando o seu pai o "deixou").
Importa compreender quem sentirá o vazio deixado por este "gigante". Não serão somente os velhos ricaços e as velhas com casacos de pele e visôn ao pescoço, com vestidos e estola, os senhores engravatados e empertigados que, mesmo após quarenta anos a frequentar o teatro de ópera continuam a não dispensar a condução do camareiro até ao mesmo lugar que ocupam, temporada após temporada. É também a minha tia, que o conhecia dos "Três Tenores" e que, apesar do timbre cansado e envelhecido pelos anos, continua a dizer que ele é o melhor dos três e que o será sempre, muito embora os ditames da musicologia e ciências afins até digam que o senhor cantava um repertório que não era o mais indicado para as características da sua voz.
Pavarotti faz falta aos colegas do meu pai, que, embora nunca tenham ouvido uma ópera completa por ele interpretada, se recordam do "gordo de barbas negras, sorriso largo, e lenço branco na mão" que cantou com Bono Vox, Bon Jovi, Spice Girls, Tracy Chapman e tantos outros...que cantou a Miss Sarajevo com os U2 quando a guerra na Bósnia Herzgovina era uma presença constante nos telejornais e tantas Miss Sarajevo morriam diariamente.
Pavarotti faz falta às crianças da Bósnia Herzgovina, Guatemala, Kosovo, Libéria, Cambodja, Tibete...e faz falta a tantas outras crianças da guerra que viria a continuar a ajudar. Pavarotti exigia cachêts milionários sempre que cantava: sempre os mereceu e nunca os recusou...mas também deu tanto! Serviu-se do seu estatuto de super-estrela (como nem Maria Callas foi) e fez aquilo que tantos de nós poderiam fazer (não à mesma escala, claro) e não fazem.
Pavarotti faz falta aos seus amigos e à sua família, aos seus colegas, à Música e ao Mundo.
Pavarotti faz-me falta a mim porque, embora ele não seja, na minha opinião, o melhor tenor de todos os tempos, é, com certeza, o maior cantor de todos os tempos...correndo o risco de entrar em contradição. Isto é, ele foi o primeiro tenor que eu venerei e continuo a venerar. Mas no meu percurso fui encontrando outros que me cativaram mais, todavia nenhum deles foi "maior do que a vida", "maior do que a ópera"...Luciano foi-o.

Aqui fica a mensagem de alguém que não está triste pela morte de Pavarotti, mas que celebra a sua vida, a sua maravilhosa e gloriosa vida e que continuará a encantar-se pela forma inconfundivelmente galante com que cantava os pianissimi, os legati, os portamenti e, sempre que podia, nos bombardeava (no bom sentido) com um Dó agudo fenomenal para logo a seguir abrir os seus longos braços e nos abraçar enquanto berrávamos e aplaudíamos como loucos.

Até sempre...ou melhor:

BRAVO LUCIANO!!!


Gasparzinho