sábado, 12 de janeiro de 2008

Das relações...

Nos últimos meses, mais do que nunca, tenho vindo a reflectir, com especial afinco, sobre as relações interpessoais, as suas características, os vários carizes e matizes que podem assumir. A realidade é que, nos últimos meses, me dei conta de que "estar em relação com alguém" é, sem dúvida, um universo em si mesmo. Dei-me conta da importância da clareza dos objectivos e vontades com quem ela é estabelecida, da importância da sintonia e paridade entre os interlocutores da comunicação nela consubstanciada. "Paridade" e "honestidade", "assertividade" e "naturalidade" (numa linguagem mais vulgar "à vontade"), tornaram-se variáveis incontornáveis.
Quanto à paridade e honestidade, estas são condições sine qua non para que a relação se constitua e se aprofunde. Consubstancia-se através da clareza das intenções, dos comportamentos, dos sentimentos e das emoções de cada um dos agentes. Não quero com isto dizer que se deva antever o futuro da dita relação (ainda que isso também seja importante), mas que, sobretudo, se valorize o presente da mesma, isto é, que no momento específico da experiência efectiva de relação, os intervenientes consigam atingir (e nomear/descrever para si e/ou ao outro) uma relativa sintonia. Pelo menos para mim, tornou-se clara a necessidade de saber exprimir o que sinto, no momento, pela pessoa e que essa pessoa sinta o mesmo por mim e o saiba expressar (mesmo que através de meios não verbais). No fundo, tornou-se clara a noção de "correspondência"...é importante que uma pessoa se sinta correspondida.
O mais curioso é que, finalmente, pude constatar que a expressão de sentimentos, arrisco, a "correspondência" de emoções, o afecto e demais manifestações (tantas!) decorrem necessária e naturalmente da honestidade e paridade de que falei. Uma vez clarificadas as intenções, o dito "à vontade" surge sem que pensemos muito sobre isso. Isto é, chega-se à conclusão de ser a própria paridade o que nos leva a sentir que somos escutados, compreendidos, acarinhados, acolhidos, e que é nesse espaço de empatia, abertura, verdade e escuta, que podemos, sem que nos apercebamos, mostrar aquilo que somos e sentimos, aquilo que pensamos, falar sem que tenhamos de proferir quaisquer vocábulos, e o nosso interlocutor, também ele sem dizer seja o que for, nos consegue afirmar que nos ouve e que nos ama.

Foi isto que eu finalmente descobri...mas que, infelizmente, ainda não tenho.


Gasparzinho

4 comentários:

donalda disse...

Não tem? ou não tem na qualidade e com quem gostaria? Pense niso... Temos sempre esse tipo de relação com várias pessoas!

Tertulianos disse...

Não o tive na qualidade e com quem gostaria...embora tivesse dado um passo em frente...

Anônimo disse...

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Leonor de Sousa Bastos disse...

Olá!!!

Isto pode parecer despropositado, mas queria agradecer o comentário àcerca do bolo de chocolate que me foi enviado pela Cláudia "Gomes"- 21 e não encontrei qualquer email!!

Fico super contente pelo sucesso da "chocolaterapia"!!!

Obrigada pelo comentário!

Um beijinho!